quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Os bares da (minha) vida


Bem no comecinho era o Escorrega lá vai um, na Praia do Náutico, vizinho à vila de pescadores, onde se sorvia uma deliciosa caipirinha de maracujá. Bem mais à frente teve o Le Snak, de nome pouco criativo mas com ótima freqüência madrugada adentro, bebida honesta, tira-gostos e sanduiches saborosos. Já nos anos 90 fiz do Coração Materno minha casa noturna. O dono era uma grande figura, Nonato Freire, que mais tarde seria secretário de Cultura de sua terra, a Bahia. Certa vez, fui ao Coração Materno e bati a cara na porta, como se diz. Na ida seguinte disse ao Nonato: ´É pior ser traído pelo bar do que pela mulher que se ama. Porque sendo traído pela mulher, a pessoa vai ao bar. E sendo traído pelo bar, vai pra onde´? Nonato deu uma sonora gargalhada.

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