quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Macaca de auditório


Só mesmo na novela os professores de uma universidade particular desafiam constantemente o dono, no caso dona. É o que acontece em Duas Caras. Aliás, intencionalmente, os autores ridicularizam os movimentos estudantis, fazendo todos os participantes passarem por idiotas. Ali tem.
Lily Carvalho

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Besteira muita


Uma das mais divertidas e concorridas seções da minha coluna é a ´Besteira muita´. Sua repercussão pode ser aferida a partir da participação dos leitores, em que ela fica atrás apenas de ´Leitorado´, campeoníssima, batendo com ´É o novo´. ´Besteira muita´ relaciona as chamadas frases feitas, tão feitas que antes de serem ditas, nós já prenunciamos que serão. Vez por outra pode incluir uma máxima popular ou mais raramente pensamento bíblico, mas depende muito do contexto. Caindo no lugar-comum, fica valendo. Se me pedissem para citar a mais emblemática, eu nem titubearia: ´Obrigado pela parte que me toca´. Terrível.

30 anos


Trabalhando em casa, sozinho, sem ter alguém para filtrar as ligações telefônicas e me poupar dos tipos que vêem a invenção de Graham Bell como algo que se presta a conversa fiada e demorada, eu atendia com voz de mulher, dando bandeira de ter pouca instrução: Alô! Eu ´trabai´ aqui... Certa vez, do outro lado da linha estava meu amigo e valioso colaborador Edilton Urano que comentou: ´Nossa! Que voz melodiosa tem a moça que atendeu´...

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Menino travesso, parte III


Como postei ontem, dificilmente um outro semanário reuniu colaboradores tão brilhantes e fora da mesmice quanto o Pixote. Ciro Colares era também o Zé Papudinho da coluneta ´Academia do Beco´, título que representava uma tremenda gozação aos acadêmicos de mesmo. Hidelberto Torres, texto belíssimo. Carlos Paiva, escrevia por música. Audifax Rios sempre fazendo a sua fezinha. Tinha ainda Luciano Barreira (coluna ´Cruzado Furado´, direto de Brasília), Caetano Ximenes, Sales Andrade (criticando as repetitivas manchetes dos chamados grandes jornais da época). E ainda o nacional Chico Hardy. O Pixote também foi tema de monografia no Curso de Comunicação Social da UFC, mas aí é outra história.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Menino travesso, parte II



Pra começo de conversa, foi o Pixote que lançou Airton Monte na crônica. Até então Airton escrevia (e muito bem) contos e poesias. A última página ele dividia com o publicitário, também excelente texto, J. Domingos Alcântara. O premiado jornalista Dedé de Castro fazia voltar antigo pseudônimo, Baijaticá e, abaixo do nome, ele colocava a inscrição radialista, tremenda gozação com alguns profissionais do microfone que insistiam em dizer que eram jornalistas, como se sentissem vergonha de ser o que de fato eram. Gervásio de Paulo escrevia o que dava pra rir, dava pra chorar. A saborosa crônica de Ciro Colares e a presença inteligente de José Augusto Lopes. O tema está longe de esgotar.

Menino travesso

Em 1987, Gervásio de Paula e eu acertamos com o grande Dorian Sampaio uma dobradinha que decididamente deu certo enquanto durou. Nós faríamos o semanário Pixote que rodaria na mesma gráfica do ´JD´ (Jornal do Dorian), publicação na qual o nosso ´menino travesso´ circularia encartado, às quintas-feiras (na sexta, o ´JD´ trazia o ´Pasquim´). O Pixote renderá vários capítulos desta seção. De momento digo, apenas, que dificilmente outro semanário reunirá uma equipe tão talentosa e fora dos padrões, da mesmice.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Tudo menos isso


Quase todos os dias deparamos com notícias de que bandidos utilizaram armas exclusivas das forças armadas: de há muito perderam a exclusividade.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Macaca de auditório


Jamais acusaria Richard, o aventureiro selvagem, que apresenta um quadro "Selvagem ao extremo", na Record, de não ser carinhoso com os animais. Entanto, às vezes ele exagera nos "afagos" quando bole (de bulir, mexer) com os bichos. Outro dia, ele segurou um filhotinho de jacaré que não media além de um palmo. Colocou a "vítima" de frente para o seu rosto e tacou um sopro na carinha do animal, que fez gesto de não ter gostado do cheiro. Em outra ocasião, ao mostrar um jabuti, sentou-se no bicho, fazendo-o de montaria. Um pouco menos de sensacionalismo tornaria Richard um animal admirável...

Com as distâncias maiores e um sistema de transportes coletivos que apesar de ter sofrido alguma melhora está longe de ser o ideal, o carro é indispensável para muitas profissões, inclusive a de jornalista. E a saúde do veículo precisa de cuidados competentes. Mais que isso: serviços honestos. Honestidade não é virtude, é condição básica do cidadão. Sei disso. E como sei. Mas rareia em muitos setores, inclusive no automotivo. Sorte minha contar, há muitos anos, com Luciano Pires de Carvalho, da Indiana. Ele tem muitas virtudes, porém uma me chamou mais a atenção: não costuma, diferente de outros, colocar as peças substituídas dentro do carro, como a querer provar que trocou mesmo.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008


Quem cria ou já criou filhos sabe o valor que representa um pediatra da mais irrestrita confiança. Dei muita sorte, porque o médico Rivaldo Cunta já era meu amigo antes mesmo que me tornasse pai. Juntos enfrentamos sarampo forte e até malária, doença que faz você comemorar quando a febre baixa para 40°, sem falar naquelas gripes com tosse, febre e dor de garganta que hoje é tudo virose. Competente, amavelmente tolerante e correto ao extremo, Rivaldo tem outro grande atributo: clinica ensinando, mostrando como se faz, dando a direção a ser seguida. E como se não bastasse, um papo enriquecedor.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008


Coluna diária, diz tudo, é todo dia, logo, há quase 26 anos, não sei o que é folga semanal. Se querem saber, nunca me importei com isso. Coluna é assim mesmo, a gente conclui uma e já está fazendo a próxima. Muitas vezes, no sábado e no domingo, eu me permitia escrever em casa. E recorria ao chefe de Reportagem Ronaldo Salgado para mandar buscar. Ambos compreendíamos que, na carência de equipamento dos finais de semana, não seria prudente ocupar um carro apenas para buscar coluna. Dessa forma, eu me adaptava ao horário em que o veículo da Redação vinha abastecer no terminal, a pouco mais de um quilômetro de minha casa.