quarta-feira, 31 de outubro de 2007


Quando eu ainda não tinha o registro de jornalista na DRT fui, a exemplo de outros colegas, muito perseguido pelo Sindicato, atitude que não censuro, a entidade estava no papel dela. Alguns anos mais adiante, já devidamente provisionado, recebi honroso - embora até certo ponto atemorizante - convite para participar de um programa que a professora Adísia Sá fazia, comecinho do dia, na AM do Povo: ´Olho no Olho´. Acordei às cinco da manhã e procurei nem pensar que dentro de duas horas eu estaria diante da grande mestra de gerações. No estúdio, a presença do jornalista Nonato Albuquerque - que a sucedia no horário -, como espectador, regozijo meu. Adísia foi (é) um doce, mas perguntou tudo. E no finalzinho disse: ´Como sindicalista persegui você pela falta do registro profissional, imaginando que você era mais um daqueles que ingressam no jornalismo para tirar proveitos pessoais. Hoje me penitencio, porque sei que estou diante de um jornalista de verdade´. Adísia não me devia essa explicação que tanto me felicitou. E ainda saí com um mimo: a cópia do programa em uma fita cassete.

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