quinta-feira, 21 de janeiro de 2010


Luciana, personagem de Aline Moraes em Viver a vida, ficou tetraplégica, mas o cérebro não foi afetado. Por isso não há motivo para que seja tratada pelas profissionais que cuidam da reabilização como se ela estivesse mentalmente incapaz. Elas dizem: "Agora, vou buscar a cadeirinha e depois preparar um lanchinho". A mãe não deixa por menos: "Amanhã vamos passear, você vai tomar a sua aguinha de coco, huummmm, bem gostosa"... Luciana continua sendo adulta, não voltou a ser bebê...

Parece que os autores dos textos da novela de Manoel Carlos estão um tanto fora de órbita. Tem a Paixão (que nome!), arquiteta, logo, adulta - pelo menos se presume -, que assim que o chefe (um dos gêmeos filhinhos da mamãe) chega ao escritório, ela vira copeira (nada contra, amo as copeiras, são muitas vezes mais úteis que os outros profissionais) e diz: "Jorge, vou preparar um sanduichinho de queijo com um suco para você". Os projetos podem esperar.

Um comentário:

Lina disse...

Você tem toda razão. Além disso, a Paixão é um porre.