quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Pra refletir


a) Nunca pense que é superior pelo fato de ter passado a perna em alguém, de ter furado uma fila, de ter levado vantagem em prejuízo de terceiros. Faça um exame de consciência e constatará que se necessita de tais artifícios, você na verdade é infinitamente menor do que aqueles a quem precisou enganar, ludibriar.
b) Ao descer do transporte coletivo, o passageiro não deve jamais atravessar pela frente do veículo e sim pela parte detrás. Seguindo na dianteira do ônibus, você não conseguirá visualizar se vem carro, ao mesmo tempo em que impede que os demais motoristas o enxerguem.
c) Procure não guardar mágoas nem rancores. Se não o fizer pensando nos outros, faça por você mesmo. Preservar maus sentimentos não engrandece ninguém.
d) Existem pessoas que saem por aí tentando resolver todos os problemas do mundo, mas esquecem de quem está próximo delas. Que tal começar a praticar o bem ao redor, para depois prosseguir?

Descaso etc. e tal


Todos os anos algo em torno de 100 mil pessoas contraem a tuberculose no Brasil, com seis mil óbitos. Voltou-se a falar em tuberculose no País em 1995. A doença havia sido praticamente erradicada até o ano anterior, mas foi bastante Fernando Henrique Cardoso tomar posse como presidente da República para o mal recrudescer. Certa vez, um especialista da Organização Mundial de Saúde para a campanha contra a tuberculose, Mário Raviglione, declarou o seguinte: ´Se continuarmos no ritmo que estamos, levaremos séculos para eliminar a doença´.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008



Espanta-me (e me envergonha também) ver pessoas de razoável a boa condição financeira resmungando diante da caixinha de Natal que funcionários de lanchonetes, bares, cantinas e outros comércios colocam no balcão com o propósito de comprarem um mimo de fim de ano. Deus do Céu! O que custa dar um pouco a quem nos atendeu com distinção durante o ano inteiro?

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Surrealismo


Conhecido meu foi ao Bradesco, onde mantém conta-salário, solicitar um empréstimo, que foi concedido, com a condição de ele comprar um título de capitalização. Desabafou: ´Ora, se fui em busca do empréstimo, é por motivo de estar descapitalizado e precisando de dinheiro para regularizar minhas contas e não para fazer investimento´. Os bancários são forçados a chantagear.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

“É...” de novo


Nos bastidores das redações de jornal, há uma historinha recorrente, que costuma voltar à baila quando algum colega anuncia a celebração de seus 20, 30, 40 anos de jornalismo. Diante da notícia da efeméride, quase sempre acompanhada de uma festa ou de outro tipo de homenagem, uma figura experiente se impressiona: ´Nossa, Fulano já tem 40 anos de jornalismo! E eu, quantos será que tenho?´. Ao que um interlocutor responde: ´De jornal, eu sei que são muitos anos. Mas de jornalismo...´.

A lembrança vem a propósito dos 30 anos de jornalismo - não apenas de jornal, ressalte-se - de José Nairton Quezado Cavalcante. O nome na carteira de identidade pode não soar conhecido a muitos, e o próprio homenageado do encontro de amanhã, às 17h, no Ideal Clube, reconhece que não conseguiu, conforme o registro de batismo, encontrar combinação que o satisfizesse para a assinatura. A solução foi dada pelo amigo Guto Benevides, que uniu o apelido de infância ao derradeiro sobrenome. Ficou, assim, Neno Cavalcante. Hoje sinônimo, no Ceará, de jornalismo opinativo com personalidade em conteúdo e forma - seja nas notas breves de sua coluna diária no Caderno 3, ou nos ´drops´ entremeados por vinhetas de seu ´Teveneno´, na TV Diário.

Em comum a ambos, a verve irônica, o gosto pela crítica, o diálogo com o leitor/espectador. Tudo permeado pelo humor bem cearense, responsável pela consagração de bordões hoje indissociáveis da fala do povo. ´Indissociáveis´? ´Ihiii!!! É o novo!´.

Um olhar em perspectiva sobre esses 30 anos de dedicação ao jornalismo está agora disponível em forma de livro. ´Era...´, que tem lançamento amanhã, reúne notas publicadas por Neno Cavalcante com relação ao 30º aniversário de batente. ´Na verdade, agora são 31 anos, porque passei exatamente um ano depois do aniversário, a partir de 13 de agosto de 2007, publicando essas notas, lembrando os 30 anos´, detalha, em papo na redação do Diário, deixando momentaneamente o cantinho onde elabora sua coluna - e de onde literalmente recorre ao soprar de um apito para clamar por silêncio, diante das ´gaitadas´ e conversas em alto volume por parte dos colegas. Inclusive deste redator.

´Foi um ano que passou muito rápido, em meio a tantas lembranças. Quando comecei a publicar essas notas sobre os 30 anos, uma coisa foi puxando outra, as pessoas me lembravam histórias, muita coisa foi surgindo´, acrescenta, sobre a novidade nas colunas, que acabaria por suscitar a idéia da publicação em outro formato. ´O Humberto Cavalcante, presidente do Ideal, me perguntou se eu não pensava em lançar um livro. Eu disse que não tinha essa pretensão. Mas ele insistiu: ´Por que não colocar no livro essas historinhas?´´.

Memórias em croniquetas

Provocação aceita, o resultado são as páginas de ´Era...´, trazendo em notas curtas - ou ´croniquetas´, no gênero apontado pelo professor do Curso de Comunicação Social da UFC Ronaldo Salgado, editor do livro, ex-colega de redação e eterno amigo de Neno, para os textos com os quais o colunista compõe um mosaico de memórias, histórias, opiniões, observações. Quase como um bate-papo oferecido ao leitor, em páginas que rapidamente escorrem pelo olhar - com algumas gargalhadas pelo caminho.

´Reuni as notas que achei mais engraçadas, ou importantes, se é que posso usar esse adjetivo, e acrescentei outras que não tinham entrado no ´período curricular´. Também adaptei um pouco a linguagem pro livro´, diz Neno, que não tem dúvida ao indicar como sua coluna mais importante a publicada após o cerco de policiais a trabalhadores rurais sem-terra, na avenida Bezerra de Menezes, em Fortaleza, em dezembro de 1997. ´Fiz a coluna inteira sobre aquele verdadeiro massacre, e teve uma repercussão muito grande. Foi um episódio muito triste, a polícia pisoteando até os alimentos que os moradores haviam doado, solidários com aquela gente desafortunada´, recorda, para resumir o princípio em que procura balizar sua atividade. ´O jornalismo tem que visar ao bem coletivo, não pode atender a interesses individuais ou de grupos. Você pode até trazer algo que aconteceu com você, mas desde que haja um sentido coletivo, de você falar de algo que afeta outras pessoas também´.

Consciência presente, segundo ele, desde seu início no jornalismo, em agosto de 77, atendendo a convite do irmão, Lúcio Brasileiro, a quem já secretariava no jornal O Povo, para fazer uma coluna sobre ´jovem sociedade´. Em ´Era...´, Neno revela ter hesitado, antes de aceitar a proposta. ´Isso decididamente não tinha nada a ver comigo. Conversei com o meu amigo Maneco (Emmanuel Carvalho Lima, grande sujeito) e ele sugeriu: ´Faça do jeito que ele quer e depois vá impondo o seu estilo´. Peguei corda e já de saída fiz meio a meio´.

Um ano e meio depois, uma outra experiência: a de assessor parlamentar, integrando a equipe do deputado federal Paulo Lustosa. ´A ida pra Brasília me fez passar por um processo de politização maior. Ainda peguei o Congresso em um nível mais alto que o de hoje´, compara, admitindo que a experiência lhe serviu de base para as constantes ´cutucadas´ a parlamentares, já na coluna diária ´É...´, que ele assumiria a convite de Maurício Xerez, aproveitando a sugestão de Ubaldo Solon para batizá-la em referência à famosa peça de Millor Fernandes. E tome ´Vereador, por que o senhor é desse jeito?´. Ilustrando passagens desses 30 anos, entre figuras da política (destaque para Leonel Brizola), da música (de Fagner a Manassés e Alex Holanda), do esporte (de Gildo e Reinaldo a Sérgio Redes e Garrincha), ´Era...´ convida à retrospectiva de uma trajetória que, a depender de seu protagonista, ainda promete muito mais.

30 ANOS
"Era..."
Neno Cavalcante
R$ 30,00
184 páginas
2008
Arte Visual

DALWTON MOURA
Repórter

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Agentes do mal


É muito fácil identificar os membros da mídia que estão a serviço do grande capital especulativo. Com discurso unificado, eles defenderam intransigentemente as privatizações nos países em desenvolvimento (na matriz, nem pensar). Criticam aumentos para os aposentados e pensionistas (´vai quebrar a Previdência´) e também do salário mínimo (muitas empresas não suportarão), mas silenciam diante do desembolso anual de mais de R$ 200 bilhões de juros relativos a dívidas que já foram pagas várias vezes. Insistem que a seguridade social é deficitária, fazendo nitidamente o jogo sujo dos que querem abocanhar o sistema.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008


A praga da roubalheira no serviço público do Brasil é ainda mais destruidora do que se imagina. Estou me referindo aos filhos dos políticos desonestos, que dificilmente serão diferentes. O pai normalmente ensina aos filhos aquilo que ele próprio é. E no caso do político corrupto vai dizer que o certo é se dar bem na vida, bonito é passar a perna nos outros, levar vantagem em tudo, vencer não importando os meios.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

No Ceará é assim...


Em busca da sobrevivência, ante à precariedade do movimento, proprietários de cinemas do interior nordestino mudaram os nomes dos filmes, adaptando-os ao linguajar local. ´Uma Linda Mulher´, por exemplo, ficou Cabrita Aprumada. ´O Poderoso Chefão´ passou a ser Coroné Arretado. ´Os Sete Samurais´ virou Os Jagunços dos Zói Rasgado. ´Tora, Tora, Tora´ passou a ser Ô Xente, Ô Xente, Ô Xente, ´Guerra nas Estrelas´, Arranca-rabo no Céu. ´Noviça Rebelde´, Beata Encrenqueira. E, finalmente, ´Os Brutos Também Amam´ passou a se chamar Os Vaqueiros Baitolas.

Pertinentes (e às vezes inúteis) perguntas


1) Se Deus está em todo lugar, por que as pessoas olham para cima a fim de falar com Ele?

2) Como Tarzan conseguia barbear-se?

3) Por que as mulheres abrem a boca para passar creme no rosto?

4) Se casamento é bom, por que precisa de testemunhas?

5) Por que uma cenoura é mais laranja do que uma laranja?

6) Se tempo é dinheiro e eu tenho tempo sobrando, eu sou rico?

7) Como a placa ´É proibido pisar na grama´ foi colocada lá?

8) Se toda regra tem exceção, e isso é uma regra, qual é a exceção?

(Da revista ´Seleções´)

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Três amigos


JORNAL O POVO
CRÔNICA

Airton Monte


É Ave Maria e em algum lugar, bem ao longe, plange um sino melancólico. Diante de mim, uma taça de vinho expõe o meu duplo. E assim me vejo diluído: bolhas. De há muito, encontro-me desse modo comigo mesmo, mas nunca tão verdadeiramente nu. O que me olha dessa taça, decerto bastante me conhece. Sabe que sou folhas, poeira que se esvai, Sinatra cantando "Stardust". Nesse momento, abruptamente, a amada faz-me a terrível revelação, que ao mesmo tempo ressoa como um grito asfixiado de liberdade: -Vou alhures! E me sorri, cheia de graça, com um olhar melífluo entre Capitu e Mona Lisa. 

E aqui, paradoxalmente, sobra sabor, melodia, tudo inteiro, só falta meio. Antigamente havia. Tempo em que as tardes se arrastavam modorrentas e ainda se contava o tempo arrancando folha por folha do calendário. Melhor direi: meio faltava, não mais falta. Neno Cavalcante é vém chegando e pousa entre nós feito uma ave magra, mas de cântico feliz. Traz ocupadas as mãos por um bordeaux e um violão. E com ele, esse duende da alegria, o humor sempre chega à frente, posto que, ao anunciar-se, a tristeza, sentindo-se expulsa, mais que depressa saltou em pânico da sacada do apartamento. 

É sempre uma inauguração de bom humor e de espoucar de risadas quando três amigos de longa data se reencontram dentro de uma tarde qualquer desta cidade ensandecida pelo sol: um intimorato jornalista, um formidando poeta e um suburbano não de todo um mau cronista. Há quanto tempo não nos encontramos assim desprovidos de pressa, sem qualquer outro compromisso senão nos sentarmos em torno de uma mesa apenas para conversar, renovar os votos de uma longa amizade, sem nos importarmos com o tempo, o dever cívico de eleitor cumprido nas urnas e a alma subitamente livre de toda possível tristeza. 

O poeta Carlos Augusto Viana propõe um brinde a alguns amigos que já se foram para os campos do além e que ainda hoje tamanha falta nos fazem e nos conduzem aos limiares da saudade: Rogaciano Leite Filho, Antonio Girão Barroso, José Alcides Pinto. Pois é, a vida também comete lá as suas grandes e inesquecíveis traições. Então me lembro de um verso de Batista de Lima que em tudo me explica, pelo menos agora: "não sei com que roupa/vou vestir o meu dizer/palavras são poucos panos/a cobrir tantos abismos". Entanto, entre os três amigos reunidos em volta da mesa não há lugar para precipícios se somos indubitavelmente fraternos construtores de pontes.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Vinte de novembro...

JORNAL O POVO

Lúcio Brasileiro
REPORTAGEM

Vinte de novembro, este repórter, no caso, escritor, lançará seu terceiro livro, no Iate.

Título, por mim mesmo escolhido, sem consultar ninguém, “Pela Sociedade” é batismo de minha primeira coluna, na Gazeta.

No mesmo dia e hora, a partir das cinco da tarde, entrando pela noite, Neno Cavalcante autografa no Ideal.

Era... o livro dos 30. Se reporta à vocacional carreira iniciada na revista Fame, do O POVO. Aliás, eu próprio o pus lá.

Sei que vão pensar que foi tudo combinado, que irmãos da Aurora planejaram de comum acordo, jogada de marketing.

Nada disso. Mas, de todas as maneiras, quem não for aos dois, não merece nenhum.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008



A Bahia é um estado belíssimo, de gente maravilhosa, bem-humorada, quase invariavelmente bom caráter (políticos à parte, como em é qualquer outro lugar), mas que carrega uma inocente fama de não ter pressa para nada e de ser chegada a um sossego. Surgiu daí a lista dos Oito Mandamentos do Baiano.

1 - Viva a descansar, ame a sua cama, ela é o seu templo.
2 - O trabalho é sagrado, por isso não toque nele.
3 - Nunca faça amanhã o que você pode deixar para depois de amanhã.
4 - Trabalhe o menos possível, o que tiver de ser feito deixe que outra pessoa faça.
5 - Calma, ninguém morreu por descansar, mas você pode se machucar trabalhando.
6 - Se vir alguém descansando, ajude-o.
7 -Descanse de dia para poder dormir à noite.
8 - Quando sentir desejo de trabalhar, sente-se e espere que ele passe.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Burros de carga



Nos Estados Unidos, cerca de 90% do valor da hora trabalhada se destina ao trabalhador. A isso dá-se o nome de poder aquisitivo, cujo aumento é benéfico a todos: ao trabalhador, que compra mais; ao empresário, que incrementa as vendas e ainda ao governo, que vê o crescimento da arrecadação. Saibam que aqui no Brasil nós, que produzimos a riqueza nacional, ficamos com apenas 40% da hora de serviço, os 60% restantes são abocanhados pelas taxas.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008



Insaciabilidade

No Brasil o proprietário de veículo dá ao governo, a cada cinco anos, um carro semelhante na forma de impostos, de todos os tipos, que incidem sobre o preço do veículo, a regularização dele e os combustíveis. O governo não se dá por satisfeito e está sempre querendo aumentar a carga de tributos, não apenas nesse, mas em todos os setores da vida nacional, numa ganância desmedida, incompreensível e inaceitável. E se formos buscar o retorno, é o lugar mais limpo que existe.

Segundo tempo

Vamos aos impostos que massacram os donos de veículos: IPI, ICMS, PIS e Cofins, IPVA e ainda o licenciamento anual e o emplacamento, sem falar no seguro obrigatório, o DPVAT. Vale ressaltar que quando enche o tanque, o brasileiro paga novamente o PIS e a Cofins. O imposto sobre o valor do carro na França é de 17%, no Japão 9,1% e nos EUA, 6,8%. No Brasil, 32,5%

terça-feira, 23 de setembro de 2008



Bom pra otário

Está cada vez maior o número de bares e restaurantes que insistem em vender apenas uma marca de cerveja ou refrigerante. Ora, isso fere o sagrado direito de escolha de quem está comprando. É preciso reagir a mais esse abuso. Em geral o estabelecimento que nega opção ao consumidor, dando exclusividade a determinada marca, recebe benefício do fabricante ou distribuidor.

Bom pra otário 2

Acontece que a vantagem obtida pelo comerciante não é estendida ao cliente, que passa por tolo ao consumir produto longe de ser o preferido e pagando preço igual. Só vejo uma alternativa: o boicote ao local, mesmo tendo de abrir mão de algum tempero especial, do atendimento razoável ou de qualquer outro atrativo.


Dica para saber quando o político está mentindo: é no momento em que seus lábios se movem.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Com ressalvas



Estudos realizados recentemente por cientistas britânicos comprovaram o que já se imaginava: sexo ajuda a reduzir o risco de ataques cardíacos e derrames. Mas será que o chamado sexo infiel faz igualmente bem à saúde? Não é o que diz o médico japonês Izumi Toyoda, cujas pesquisas levaram a concluir que sexo faz bem, mas infidelidade não. Ele revelou que de 52 homens que tiveram derrames durante a prática sexual, apenas 19 estavam com suas esposas. Os outros 33 vitimados se faziam acompanhar das amantes.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

E se não for?



Os chocólatras receberam uma boa notícia com a divulgação de estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia, que acusa uma substância antioxidante no chocolate capaz de combater as doenças do coração. Às vezes me pergunto se não se trata de mais uma jogada dos fabricantes, neste mundo onde o lucro fala cada vez mais alto. Fica a desconfiança.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Por mim...



Sem a intenção de parecer cruel, confesso que não me sensibilizo quando se machucam os adeptos de ´pegas´ automobilísticos e os que se postam à beira da pista para assisti-los. Só sinto compaixão das vítimas que não fazem parte de nenhum dos grupos.

Origem, etc.



Algumas características dos tucanos. Eles pertencem à família dos fangastídeos. Vivem em pequenos bandos e pilham os ninhos de outras aves. Existem onze tipos de tucanos, divididos em quatro categorias. A palavra vem do tupi tukana, que significa aborrecido, chato.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Dúvidas da 1ª infância


1 - Por qual motivo no Parlamento brasileiro é chamado de grande expediente a sessão que dura apenas 45 minutos? (Ora, grande expediente é o do trabalhador da construção civil, que vai de antes do raiar do sol até o pós anoitecer.) 2 - Por que nas chamadas casas legislativas o tempo é tão restrito, se nelas passam-se horas e horas sem fazer absolutamente nada? 3 - Por que todo político acusado de corrupção diz sempre que confia ´na Justiça do meu País´?

Rir de graça


Dia amanhecendo e nada de os convidados demonstrarem algum interesse em pegar o beco. Caindo de sono, o anfitrião disse: ´Meus amigos, muito obrigado por terem aparecido aqui em casa ontem´...

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Feito tucano


Mais fácil o mar secar, como se diz popularmente, do que alguém conseguir pôr fim a essa inconcebível taxa de Assinatura Básica na telefonia fixa. Antes das privatizações danosas promovidas por peessedebistas, pefelistas e outros ´istas´, já existia a cobrança, porém custava apenas R$ 0,49. Depois da doação do patrimônio público, o seu valor saltou para R$ 39,98. Dá pra entender?

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

quarta-feira, 23 de julho de 2008



Como 2 + 2

O bodegueiro e comunicador social autodidata Chico Capote, estabelecido no Alto do Bode, abriu o bocão no serviço de som Brado Caprino, primeiramente citando a jornalista Danuza Leão, que disse: ´Com o Brasil sediando a Copa de 2014, seria preciso um Tribunal de Contas para a reforma de cada estádio. E outro para cada novo estádio que será construído”. Concordo sem tirar nem pôr.

Segundo tempo

Agora Chico fala por si: ´Há políticos em Fortaleza desenvolvendo campanhas para que a cidade seja uma das subsedes da Copa”. Por que não se empenham para acabar, já, imediatamente, com a violência? Nessa hora, Chico recebeu vaias e aplausos, estes em maioria ampla. É inegável a importância desse cidadão simples e valente no processo de conscientização dos moradores do Alto do Bode.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

30 Anos


Não posso me queixar. Deus me proporcionou (proporciona) viver cercado de boas criaturas. E, cá entre nós, eu mereço, pois retribuo em igual intensidade. Além dos já citados nesta seção, incluindo as pérolas que são as filhas Lina e Marcela, foram agregados ao meu convívio primeiro Kleyton Mourão, publicitário cearense (atuando em São Paulo) premiado internacionalmente (Leão de Prata em Cannes, versão 2008), diretor de arte dos mais criativos que conheci, casado com Marcela. Agora, mais recentemente, Júlio Temporal, formando em Publicidade e já trabalhando como redator, futuro mais que promissor, que está construindo a vida ao lado de Lina. Aliás, os dois se emparelham em dois pontos: origem (famílias excelentes) e bom caráter. Que sejam bem-vindos.

quinta-feira, 3 de julho de 2008


Na legislação de trânsito não há referência ao uso de faróis neon, nem cinza nem azul. Ultimamente, muitos motoristas têm sofrido quando deparam com esse tipo de luz, que quase cega os que vêm em sentido contrário, representando enorme risco de acidentes. Pelo sim pelo não, desconfio do bom gosto e da sanidade das faculdades mentais de quem usa esse equipamento.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Nas cabeças


Ceará com a bola cheia no Festival Internacional de Publicidade de Cannes, na Riviera Francesa. Um Leão de Prata foi ganho por Kleyton Mourão com uma campanha contra o abuso infantil, para o Centro de Referência da Criança e do Adolescente, pela agência Euro RSCG, tendo como parceiros de criação Daniel Poletto e Rodrigo Senra. Outro cearense, Pedro Guerra, em parceria com Ricardo Passos, levou Leão de Bronze com campanha para a Panasonic, cliente da Fischer América. Criado pela Screen Advertising Worlds Agencies, em 1953, o Festival de Cannes tinha apenas a categoria Filmes, agregando outras a partir dos anos 90.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Desembuchando


Lula declarou que não interfere no Banco Central. Se ele não avisa... Quem assinou a nomeação do presidente e dos diretores do BC foi Lula, que não os escolheu. As indicações são feitas pelos banqueiros, daqui e, principalmente, de fora. Uma verdade é indiscutível: juros altos aumentam a dívida interna, mas não reduzem a inflação. Japão e EUA fazem é diminuir juros.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

30 anos


Jorge Sérgio Carneiro Redes, o Serginho Amizade, foi uma das grandes figuras que conheci. Divertido, correto, consciencioso, ótimo conversador. Foi jogador de grande habilidade e hoje é analista apreciado. Certa vez, colocou à venda uma camioneta Belina que era freqüentadora assíduas da retífica. Telefona senhora em busca de um carro para os deslocamentos do filho que havia passado no Vestibular. Serginho desaconselhou o negócio: ´Minha senhora, com a minha Belina caidaça, seu filho voltará para o curso Primário. A exemplo da maioria dos grandes jogadores, Serginho treinava em nome da responsabilidade, mas não tinha nenhum prazer naquilo. Estávamos um dia na Praia do Náutico (Meireles), mais precisamente no ´Oi da Pedra´, onde circulavam as pessoas mais bonitas. Serginho bate no meu ombro e diz: ´Craque, você tem sorte. Vai ficar aí curtindo sol, mar, vendo as gatinhas bonitas, ao passo que eu tenho de ir a Porangabussu correr atrás de Joãozinho´...

quinta-feira, 29 de maio de 2008

segunda-feira, 26 de maio de 2008

30 Anos


Várias notas sugestivas desta coluna atingiram o objetivo, quer dizer, foram acatadas por quem de direito. Por agora, vou lembrar uma relacionada ao fardamento dos policiais militares, aproveitando o início do programa Ronda do Quarteirão, cujo contingente usa vestimentas mais leves. Lembro-me de que comentei, há muitos anos, que um dos motivos pelos quais os militares tinham caras de poucos amigos era serem obrigados a usar uniformes inapropriados para o nosso clima. Defendi que eles podiam muito bem vestir bermuda e camiseta de meia. A sugestão foi adotada em parte, beneficiando apenas os que prestam serviço nas praias. A vitória só seria completa se abrangesse todos.

terça-feira, 13 de maio de 2008


Eu e o estilista paraense/cearense e universal Lino Villaventura temos quase o mesmo tempo de profissão. Nos conhecemos no final dos anos 70 e jamais esqueci os jantares em sua charmosa casinha de vila (Ventura) na Aldeota, onde ele e Inês Vieira reuniam pequenos (grandes) grupos. Lino sempre esteve adiante do tempo real e sua criatividade, quando a gente pensa que chegou ao máximo, logo recebe a surpresa. Seus desfiles passam disso, show é pouco. Quando Maurício Silva me telefonou chamando para fazer televisão, portando a voz do saudoso Assis Santos, que havia recebido sugestão de Guto Benevides, procurei Lino e nos reunimos no escritório da loja. Ocupadíssimo, me dedicou mais de meia tarde, aconselhou (e marcou) limpeza de pele, providenciou roupa para a estréia e me vestiu durante os oito meses em que participei do programa ´Gente Urgente´, antes de começar o Teveneno diário, também na TV Manchete.

domingo, 11 de maio de 2008

quarta-feira, 7 de maio de 2008

30 anos


Minha mãe Josefa Quezado Cavalcante, a doce dona Nair, era uma santa. Era, não, é, porque o caráter de uma pessoa não melhora nem piora depois que a matéria se vai. Tenho muitas histórias para contar de nossa convivência de 17 anos, três meses e seis dias (em sete de outubro de 1972, ela resolveu me esperar em Outro Lugar, se eu merecer ir para lá), além dos sete meses em que fui hóspede de sua barriga. Uma delas se refere a um jarro de estimação que eu quebrei. Aproximei-me de dona Nair e perguntei: ´Mãe, a senhora prefere que eu morra ou aquele jarro de que tanto gosta quebre´? - Deixa de besteira, menino. É claro que prefiro ver o jarro quebrado. Arrematei: ´Pois se prepare, porque eu acabo de tropeçar na mesinha da sala e ele espatifou-se no chão´. Antes que alguém pergunte o que isso tem a ver com os meus 30 anos de profissão, vou logo dizendo, primeiro, que meus 30 não começaram há 30 e sim, exagero à parte, na concepção. Depois, sem ela eu não teria completado um dia de jornalismo, dirá três décadas.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Iluminados


Iluminados são aqueles que nunca se impacientam diante dos dissabores da vida nem se envaidecem com o esplendor da fortuna; são os que choram sem fazer da lágrima o clamor do desespero; são os que sorriem sem desdém e fazem do riso o acalento da alma; são os que lutam sem pensar na morte, como se a vida fosse a eternidade; são os que compreendem a fraqueza dos outros a partir de suas próprias fraquezas; são os que não odeiam nem se zangam, mesmo em face das maiores provocações; são os que encontram na coragem o vigor supremo para o exercício da tolerância; são os que se comprazem na simplicidade, embora dotados de grandeza e importância; são os que nunca se intimidam na defesa da honra e da verdade; são os que prezam a vida menos que a dignidade; são os que anoitecem sem mágoas e amanhecem sorrindo; são os que não invejam senão a virtude; são os que mandam sem empáfia e ordenam sem humilhar; são os que corrigem sem menosprezo; são os que fazem da solidão motivo para refletir e não momentos de ruminar amarguras; são os que tiram lição da tristeza para o alcance da alegria; são os que toleram sem covardia e rompem sem violência; são os que punem sem ira e disciplinam sem rancor. São os que amam a vida e o mundo, apesar dos pesares...
Genuino Sales

Picle


O cozinheiro da prisão só sabia fazer arroz solto

terça-feira, 22 de abril de 2008

30 Anos


Deferência de patrão. Em 1993, estava eu em Camocim para integrar o júri do festival de música da cidade. Era a primeira visita, fiquei encantado com praticamente tudo, a ilha do amor, Praia de Maceió, Tatajuba, o mar cobrindo o rio Coreaú como a querer protegê-lo. Após o encerramento do festival, vencido por Valdo Aderaldo - que interpretou ´Coca-cola e iguarias´ com sua mulher Paula Tesser -, um casal camocinense recebeu participantes, jurados, organizadores e autoridades para um coquetel. Antes, à tardinha, haviam chegado o então ex-prefeito de Fortaleza Juraci Magalhães (viria a ser prefeito novamente em duas ocasiões, de janeiro de 1997 a 2000e de 2001 a janeiro de 2005) e o industrial Edson Queiroz Filho, na época com projeto político. Conversava com Edson durante a recepção quando alguém, acho que era um assessor dele, disse o seguinte: ´Doutor Edson, o Neno tem coluna muito lida e pode ser de grande utilidade para a nossa causa´. Edson discordou no ato: ´De jeito nenhum. Deixe o Neno fora disso, com a independência dele´.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Macaca de auditório


A Globo mente tanto, mas tanto, que a novela das seis começa às seis e dezoito e a das oito, às nove.
Lily Carvalho

Perigo sobre rodas


Alguns itens do Manual do Mau Motorista, torcendo para que nenhum de vocês se enquadre:
1 - Dirige com uma mão só. 2 - Ultrapassa pela faixa da direita ou trafega em marcha lenta pela esquerda. 3 - Buzina sem necessidade, inclusive próximo a hospitais. 4 - Aumenta a velocidade ao ser ultrapassado. 5 - Muda de faixa sem verificar se pode fazê-lo com segurança.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Macaca de Auditório


Decididamente, a "síndrome de Ágatha Cristie" pairou na massa cinzenta dos escritores de novelas brasileiros. Já passa da medida, a maioria das tramas tem como "atração" final o assassinato do vilão em que quase todos os principais personagens têm motivos para a autoria. Na novela Desejo Proibido (TV Globo, 18h15), o personagem Henrique (Daniel de Oliveira) ainda não foi assassinado (esta nota está sendo redigida às 19h10 de 17.04.08) e já se desenha o repetitivo caso. Está faltando quengo, meus filhos.
Lily Carvalho

segunda-feira, 14 de abril de 2008

30 Anos


Rogaciano Leite Filho tinha sido quase sempre repórter de Cultura. Certa vez, numa exposição plástica no Náutico, ele me chamou a um canto mais sossegado do balcão do bar dizendo que precisava conversar comigo. Pedimos bebida e ele me disse que o Demócrito (Dummar, diretor presidente do jornal ´O Povo´) havia lhe oferecido uma coluna diária e como ele não sabia se aceitava ou não queria a minha opinião. ´Você vai dar um baile, Roga´! E ele: ´Mas só me interessa se for uma coluna no estilo da sua´. Garanti-lhe que a dele seria melhor. E foi aí que começou a coluna ´Em Off´. O ingresso dessa marcante criatura no colunismo só me fez melhorar.

´É...´ e ´Em Off´

Mais do que rivais, as duas colunas chegavam a ser cúmplices. Roga e eu ´batíamos uma bolinha diária´ e o que não era publicado na minha, saía lá e vice-versa. Era uma tabelinha perfeita, guardadas as proporções devidas, à lá Pelé e Coutinho. Tanto que sem que combinássemos previamente nesse sentido, jamais demos a mesma notícia. Rogaciano foi também freqüentador assíduo da minha barraca Clarear.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Nada a ver

Algumas frases não têm nada a ver. Dizer, por exemplo, que uma pessoa não vale o ar que respira, é comparar algo nefasto (a pessoa) a algo bom e vital (o ar).

Outra consegue ser mais infeliz: "O que fizeram comigo não se faz nem com um cachorro". Ora, por que o cãozinho, ser maravilhoso, amigo e que não faz mal a ninguém?

quarta-feira, 9 de abril de 2008

30 Anos.


Durante essas três décadas conheci criaturas fascinantes. Uma delas é o pianista e compositor (até já fez parceria com o grande Egberto Gimonti) Antônio José Forti (ou Antônio de Aragon). Além de excepcional músico, Antônio possui apurado senso de humor, sendo praticamente imbatível na colocação de apelidos. Lúcio Brasileiro, por exemplo, é inteligência contra a máquina. Atacadíssimo é o apelido de Airton Monte. O violonista Nonato Luiz é cangulo, o compositor e arquiteto Fausto Nilo é ´grauçá´ (auçá, pelo Aurélio). Por último, bode, é como ele se refere a Fagner. E o apelido do Neno, você decerto desejaria saber. Ainda não fui contemplado.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come



Só existem duas linhas de celular: a linha pré-roubado e a pós-roubado.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Em causa própria


Sou sempre abordado por estudantes e faço muito gosto. Outro dia, uma aluna de Jornalismo me parou na rua querendo saber por qual motivo os analistas da chamada ´grande imprensa´ nunca tocam no essencial, que é o pagamento indiscriminado de juros das ´dívidas´. É verdade e muitos brasileiros já percebem. Esses analistas tidos como do ´primeiro time´ e conhecidos como comentaristas da Febraban, se afligem com o que chamam de efeito do salário mínimo nas contas previdenciárias e com os investimentos na área social, mas calam quanto aos crimes de lesa-pátria.


Olho no vil metal

Outro motivo de preocupação desses observadores é com as turbulências do mercado financeiro, que lhes rendem assunto que não acaba mais. Repare que eles enchem a boca quando falam que "o mercado está sobressaltado". Entanto, não pensem você que eles são desse jeito por convicção ou ideologia. Existe dinheiro, muito dinheiro, na parada. E todos
sobem na vida ligeirinho.

sábado, 5 de abril de 2008

Em algum lugar do passado...



... eu escrevi: percorrerá o país a bandeira brasileira usada em Mossoró, RN, na manifestação contra o governo impatriótico de F(MI)HC. A peça traz os seguintes dizeres: "Fora, FHC! Venda sua mãe"! Olha, se a coitadinha fosse viva, ele seria bem capaz...

Só morrendo


A partir do governo dos tucanos-pefelistas e outros "istas" indefensáveis foram sendo criados obstáculos, aumentando as exigências para o trabalhador obter a sua aposentadoria. Veio Lula, apoiado pelos mesmos "istas" (fazer o quê?) e novas travas foram colocadas.
Tenho uma sugestão: para que o trabalhador consiga aposentar-se, bastaria apresentar um só documento: o Atestado de Óbito.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Picle


Paulo Maluf foi ao teatro e roubou a cena.

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